Bicho do Mato



sou bicho do mato

escravo do meu próprio corpo

que no tronco     no sangue seco

de chibata gasta e molhada

rasga a pele     a carne da minha alma





e tudo o mundo rindo     rindo     rindo

mas bem lá no fundo

lá no fundo      da loucura onde moro

eu bem sei      é de mim que eu estou rindo





2 comentários:

  1. "rasga a pele a carne da minha alma..." Há um bicho do mato assim em mim também... Mas, a loucura de mim, de mim, não ri...

    É sempre bom vir aqui e sentir esta brisa tocar...

    Beijocas/que/sangram

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  2. Adorei seu texto, pois é de uma intesidade poética magnífica. Feliz 2013 e que neste ano ímpar você consiga desvendar cada dia os mistérios dessa vida. Abraço fraterno, Jasanf.

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